quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Uso e Ocupação = o caso Av. Independência

Em plena Avenida Independência, no centro de Juiz de Fora, a pista de acesso à Universidade Federal de Juiz de Fora está interditada. A causa é a construção de dois prédios ao lado de um Shopping Center - um hotel e um conjunto de salas residenciais - em um terreno extremamente pequeno e muito acidentado. A obra levou ao desmoronamento da pista.

A cara solução encontrada, a construção de uma laje por cima da qual os veículos passarão ligada à estrutura dos prédios, mostra o descontrole no uso e ocupação do solo em Juiz de Fora e a falta de um Plano Diretor. Além do fato que a concentração de atividades econômicas em um trecho de 500 metros, um Shopping Center, dois hospitais, três grandes edifícios de salas comerciais, um hotel, uma Universidade Federal mostram a falta de planejamento urbano.

A discussão sobre a necessidade de um Plano Diretor para Juiz de Fora, da atualização da Legislação Urbana (Lei de Parcelamento do Solo, Lei de Uso e Ocupação do Solo e Código de Obras), da impropriedade da chamada Lei de Regularização que beneficia construtores que desrespeitam a legislação urbana, a ocupação de áreas de risco na cidade é extremamente importante para Juiz de Fora.

Quantos de nós, ao amanhecer, e irmos para as nossas atividades cotidianas, estamos observando o acúmulo de prédios cada vez mais altos, a retenção do trânsito em vários pontos da cidade, a ocupação de encostas extremamente ingremes, uma cidade suja e descuidada. Cabe aqui, um registro. O ex-prefeito Mello Reis, falecido recentemente, em uma de suas últimas entrevistas chamava a atenção para a necessidade de se retomar o papel de planejamento que a Prefeitura de Juiz de Fora já teve no passado e que abriu mão. Porém, planejamento, segundo o ex-prefeito, tem de iniciar com um novo mandato municipal. As pessoas passam, mas suas ideias ficam.



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