quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A dengue e o saneamento básico

Casos notificados de dengue podem representar deficiência no atendimento das componentes do saneamento básico no que se refere ao armazenamento de água nos domicílios, na drenagem urbana, e no manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana. Os dados permitem identificar localidades suscetíveis à dengue, portanto mais vulneráveis a ambientes com coleções de águas paradas que favorecem a reprodução do inseto transmissor do vírus - Aedes aegypti.

Tendo a cidade de Juiz de Fora registrado no ano de 2010 quase 10 mil casos e 17 mortes, com os casos notificados com o local da ocorrência, fica a sensação que ao longo dos últimos meses as ações preventivas não foram devidamente tomadas como a eliminação do armazenamento de água nos domicílios, a melhoria na drenagem urbana de modo a evitar o acúmulo de água limpa nos bairros da cidade e o combate ao depósito de lixo em moradias.

Concluindo, a exposição ao risco de adoecer por dengue é proveniente da relação direta do homem com o meio ambiente ou com os vetores transmissores de doenças favorecidos pelas condições ambientais existentes.  Logo, tem-se que o número de novos casos confirmados notificados de dengue é um indicador de que o indivíduo vive em um ambiente onde ocorre intermitência do abastecimento de água, reservação domiciliar inadequada de água e/ou problemas de limpeza urbana, como a existência de acúmulo de lixo e de entulho em logradouros e em terrenos baldios, entre outras condições, que favorecem o acúmulo de água parada no ambiente, como é o caso de sistema deficiente de drenagem urbana.

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