quinta-feira, 17 de março de 2011

Rio Paraibuna - 3

A proibição do descarte de resíduos líquidos em bocas de lobo por caminhões de coleta de lixo foi reforçada ontem pelo Demlurb e Agenda JF. Segundo informações dos dois órgãos, já existiam determinações para que a prática não fosse adotada. Entretanto, a situação foi flagrada por um leitor, que fotografou um caminhão despejando material na rede de captação de água pluvial da Rua Ewbank da Câmara, no Mariano Procópio, conforme a Tribuna mostrou ontem.

O diretor-geral do Demlurb, Anselmo Fernandes da Silva, disse que desconhecia o procedimento, classificando-o como "equivocado". De acordo com o diretor, qualquer resíduo da coleta deve ser levado ao aterro sanitário. "Isso já é uma solução definitiva e positiva sob o aspecto ambiental." Ele também afirmou que o flagrante não deve ser considerado grave, por tratar-se de uma substância de origem orgânica.

Para o biólogo e coordenador nacional do Grupo Brasil Verde, Geraldo Majela Moraes Sálvio, o descarte poderia não ser danoso apenas se ocorresse em baixa quantidade, e o Rio Paraibuna não fosse poluído. Mas, como ressaltou, o maior problema do curso d'água é o excesso de resíduos orgânicos. Conforme explicação dele, esse material aumenta a concentração de micro-organismos no rio, causando perda de oxigênio da água, comprometendo a vida no local. Sendo assim, na visão dele, a prática pode ser classificada como crime ambiental.

Em relação aos impactos sobre o rio, o superintendente da Agenda JF, Aristóteles Faria Neto, informou não ter como avaliar a situação sem que o material despejado passe por análise. Ele reforçou que o cidadão deve acionar o órgão pelo telefone 3690-7142 se presenciar novas ocorrências.

Comentário:
Pobre Rio Paraibuna. Recebe substância de origem orgânica concentrada e tal situação não foi considerada grave. Ao que parece, além de falta de gestão integrada, gestores não possuem conhecimento sobre os problemas que gerenciam. 

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