quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Senado aprova indicação de Rosa Weber para o STF

Com 57 votos a favor, 14 contra e 1 abstenção, o Senado aprovou ontem a indicação de Rosa Maria Weber Candiota da Rosa para ministra do Supremo Tribunal Federal (STF). Ela substitui a também gaúcha ­Ellen Gracie. É a segunda indicação da presidente Dilma Rousseff para integrar a corte mais importante do país. O primeiro foi Luiz Fux, escolhido para substituir o ministro Eros Grau.

A votação foi marcada por debate em torno da qualificação da magistrada para o cargo. Os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Demóstenes Torres (DEM-GO) questionaram o conhecimento jurídico de Rosa Weber.

Pedro Taques argumentou que a indicada não respondeu a inúmeras perguntas feitas na sabatina da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). E anunciou voto contrário. Demóstenes citou artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo sobre a suposta fragilidade de Rosa Weber.

— Ela não deu conta de ser sabatinada pela CCJ — disse.

Vários senadores saíram em defesa da magistrada. Marta Suplicy (PT-SP) declarou que Rosa Weber é "extremamente preparada" e tem currículo "louvável". Segundo Marta, a ministra pode não ter respondido a algumas questões, mas o mesmo poderia ocorrer a qualquer jurista.

Simon também reconheceu que a indicada foi mal na CCJ — ela estaria tensa, segundo o senador. Mas defendeu de forma veemente a ministra, a quem disse conhecer há anos. Ele mencionou o currículo de Rosa Weber, assim como sua biografia, história e sensibilidade social.

— Ela dará espírito novo ao Supremo. Voto a favor. Pelos meus 80 anos de vida e 30 anos de Senado, dou meu testemunho. Eu a conheço e será grande ministra — disse Simon, argumentando que até mesmo Demóstenes poderia deixar de responder a alguma das perguntas de Taques na CCJ.

Jornal do Senado Federal, 14.12.2011

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