01/10/2013 – 19h43
Nacional
Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
Nacional
Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
Um estudo feito pelo
Instituto Trata Brasil, divulgado hoje (1º), mostra que a lenta
velocidade nos avanços nas áreas de saneamento compromete a
possibilidade de o país atingir a universalização de água tratada e
coleta e tratamento de esgoto nos próximos 20 anos, prazo contido no
Plano Nacional de Saneamento Básico do Governo Federal (Plansab). A
pesquisa é baseada em dados de 2011, os mais atuais, do Sistema Nacional
de Informações sobre Saneamento (Snis) do Ministério das Cidades.
De acordo com o levantamento, a oferta de
água tratada em 2011, nas 100 maiores cidades, melhorou em comparação a
2010. Em 2011, o serviço teve crescimento de 0,9 ponto percentual –
passou a atingir 92,2% da população, número bem superior à média do país
(82,4%).
Já a coleta de esgoto chegou nessas
cidades a 61,40% da população (a média no país é 48,1%), um crescimento
de 2,3 pontos percentuais em 2011 ante 2010. “Quase metade das maiores
cidades [47], no entanto, tem índices abaixo de 60%, o que torna muito
difícil alcançarem a universalização até 2030, a se manter este ritmo de
crescimento”, destaca o estudo.
Em relação ao volume de esgotos tratados,
o índice nas 100 maiores cidades chegou a 38,5%, muito similar aos
37,5% a média do país. “É o serviço mais distante da universalização no
saneamento. Em 2030, a se manter esse ritmo de avanços, estaremos longe
de ter todo o esgoto tratado nas 100 maiores cidades”, ressalta a
pesquisa.
As perdas financeiras pelo mau uso da
água em 2011 foi maior nas cidades maiores. Nesses municípios, o índice
foi 40,08%, pior que a média do país (38%). Apenas quatro cidades
apresentaram perdas menores que 15%; 22 delas tiveram índices entre 15 e
30%. “Isso significa que 74% das cidades apresentaram perdas maiores
que 30%, sendo que 14 delas com perdas acima de 60%”.
Entre as 100 maiores cidades brasileiras,
o município de Uberlândia (MG) é o que oferece à população o melhor
serviço de saneamento básico. A cidade mineira é seguida por Jundiaí
(SP), Maringá (PR), Limeira (SP), Sorocaba (SP), Franca (SP), São José
dos Campos (SP), Santos (SP), Ribeirão Preto (SP) e Curitiba (PR). Já a
cidade que oferece o pior serviço, dentre as 100 maiores, é Ananindeua
(PA), seguida por Santarém (PA), Macapá (AP), Jaboatão dos Guararapes
(PE), Belém (PA), Porto Velho (RO), Duque de Caxias (RJ), São Luís (MA),
Teresina (PI) e Aparecida de Goiânia (GO).
Edição: Fábio Massalli// matéria atualizada às 20h05 para adequação do texto
Fonte: Agência Brasil, 1.10.2013
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